Viajar na Europa de carro – início do roteiro da viagem

Viajar de carro na Europa foi uma decisão fácil porque adoro conduzir em viagem sem planos rígidos. A sensação de liberdade que temos por não termos de comprar bilhetes de transportes públicos é única.

Este é o primeiro artigo de muitos que resumem uma viagem de carro realizada no verão de 2005 (finais de julho/princípios de agosto). Dois casais, um carro, 17 dias, 15 noites, 8.000km. Há já muito tempo que queria partir e viajar de carro na Europa, saindo de Portugal sem qualquer hotel marcado e mudando os planos todos os dias. Mudar de ideias à última hora, transformando uma cidade de passagem num lugar onde ficar durante uns dias é algo que eu adoro fazer.

Em 2005 não era tão simples reservar um hotel. Havia 3 hipóteses:

  • ou descobríamos no alojamento onde pernoitávamos um folheto de outro hotel/hostel da mesma cadeia no próximo destino;
  • ou encontrávamos sugestões de alojamento num guia de viagem em papel (e telefonávamos desde a estrada);
  • ou batíamos à porta de vários alojamentos (em desespero de causa…)
  • Em relação ao roteiro propriamente dito deste guia de viagem na Europa, a ideia era atravessar a Espanha (que parece não ter fim), Andorra e a França sem parar para dormir, se conseguíssemos. Depois, fazer a volta passando por vários países: Suíça, Áustria, República Checa, Eslováquia, Hungria, Croácia, Itália, França, Mónaco e talvez visitar Barcelona.

Afinal, acabámos por não passar por todos os locais do roteiro inicial. Porquê? Bem, para saber vai ter que ir lendo os artigos. De qualquer forma, posso ir adiantando alguma coisa acerca desta viagem de carro.

Ao longo de todos os dias, de forma planeada ou fruto do acaso, fomos descobrindo a fantástica diversidade da Europa.

Viajar na Europa de carro – O que esperar

  • Visitámos algumas montanhas (Pirinéus e Alpes) e vales, o que é extremamente divertido para pessoas como eu, que adoram conduzir. As paisagens de erva verde ou de cumes cobertos de neve ou gelo brancos tornaram estes percursos maravilhosos para fotografar e apreciar. Parámos imensas vezes à beira da estrada.
  • Subimos ao topo da Europa, Jungfraujoch, onde pudemos ver um glaciar. Chegar lá a cima é toda uma aventura, especialmente por termos de atravessar a própria montanha de comboio até à estação mais alta da Europa.
  • Conduzimos ao longo de lagos (no Lago Genebra, por exemplo) e do mar mediterrâneo. Algumas vezes, não resistimos e acabámos por experimentar tomar banho e nadar um pouco. Soube bem refrescar. Viajar de carro na Europa no Verão permite-nos decidir, simplesmente, parar quando nos apetece e dar um mergulho.
  • Explorámos pequenas aldeias, vilas e cidades. Nelas, aprendemos e conhecemos pessoas em museus, castelos e mercados. Conhecendo a história, o passado de um país/cidade, percebemos bastante melhor a cultura e a forma de vida dos nossos dias.
  • Conduzimos imensos quilómetros de carro, 8.000 para ser mais preciso. No entanto, também andámos muitos quilómetros a pé, especialmente em cidades como Praga, Viena, Salzburgo ou Veneza.
  • Trouxemos milhares de fotografias de paisagens e monumentos. Mas também muitas de momentos inesquecíveis entre nós. Uma viagem de carro torna-nos mais próximos das pessoas com quem partilhamos o nosso tempo. Só temos de escolher bem os nossos companheiros porque, se não forem as pessoas certas, pode correr bastante mal.
  • No percurso entre Viena e o sul da Croácia fizemos 600km debaixo duma tempestade que, alguns dias mais tarde, nos viria a perseguir no caminho até Portugal. Por sorte, andámos quase sempre à frente dela. Esta tempestade foi também o motivo pelo qual tivemos de alterar os nossos planos de percorrer rapidamente a Croácia de sul para norte. O que aconteceu foi que a ventania infernal que fazia na alta auto-estrada nos obrigou a fazer um desvio e conduzir ao longo do Mar Adriático. Demorámos mais tempo mas a paisagem à beira-mar valeu bem a pena. E eu pude conduzir mais um pouco em estradas com curvas e contra-curvas…
  • Enganámo-nos imensas vezes nos caminhos. Não se esqueça que, naquela altura, não havia telemóveis com GPS. Muitos desses enganos fizeram-nos perder tempo. Outros, deixaram-nos encontrar lugares maravilhosos.
  • Fizemos muuuuuitos desvios. A maioria deles porque nos apeteceu seguir por uma estrada qualquer. Viva a liberdade!
  • Em Viena, um de nós passou duas noites num hospital…
  • Corremos o risco de dormir no carro algumas noites. Em duas ocasiões, ambas na Croácia, pensámos mesmo que iria ser impossível encontrar hotel. Acabámos por dormir umas horas dentro do carro numa estação de serviço de auto-estrada perto de Madrid, no regresso, porque já ninguém conseguir permanecer acordado com o cansaço acumulado de 15 dias de viagem.

Comece a viajar de carro na Europa com o Foto Viajar com a primeira etapa, até Andorra, nos Pirinéus.

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