Este é o guia para visitar Salzburgo incluído na viagem de carro na Europa. Tínhamos chegado à Áustria no dia anterior, depois de termos passado o dia a viajar de carro em Lucerne, na Suíça. As poucas horas que tínhamos tido para visitar Salzburgo, ao fim do dia, foram suficientes para ficar com boa impressão da Áustria. Pareceu-nos seguro e bem organizado.
A Áustria situa-se na Europa Central e tornou-se membro da União Europeia a partir de 1995. O seu governo é uma república parlamentarista. Enquanto república federal encontra-se dividida em nove estados (Bundesländer, em alemão). A sua capital federal é Viena (Wien), que viríamos também a visitar mais tarde, e a língua oficial é o alemão.
É um país montanhoso (os Alpes encontram-se a oeste e a sul), o que faz com que seja um destino bem conhecido pelos seus desportos de Inverno. A montanha mais alta é o Grossglockner (3.798m) seguida por Wildspitze (3.774m). O conhecido rio Danúbio atravessa grande parte desta nação cujo território é ocupado em 39% por florestas.
A Áustria tem uma das economias mais desenvolvidas do mundo, possuindo um rendimento per capita bastante elevado. As atividades com mais relevância económica são o Turismo e a Indústria. O euro substituiu o xelim em 2002.
A Áustria foi a terra natal de vários compositores famosos tais como Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Johann Strauss I e Johann Strauss Jr., Arnold Schoenberg, Anton Webern, Alban Berg (estes três últimos participaram da famosa Segunda Escola de Viena).
Outros austríacos famosos foram o filósofo Karl Popper, o psicanalista Sigmund Freud, o pintor Gustav Klimt, o actor e político Arnold Schwarzenegger, o ditador nazi Adolf Hitler e a rainha consorte de França Maria Antonieta. A nação inscreveu o seu nome na história recente do mundo aquando do Império Austro-Húngaro e da dinastia Habsburg.
Visitar Salzburgo, Guia de Salzburgo
Mas, naquele momento, estávamos onde Wolfgang Amadeus Mozart tinha nascido: Salzburgo, ou Salzburg, capital do estado federal com o mesmo nome e a quarta maior cidade do país (depois de Viena, Graz e Linz), onde habitam 150.000 pessoas.
Salzburgo situa-se a norte dos Alpes, a poucos quilómetros do pico Untersberg. O rio Salzach separa a parte nova da “Cidade velha” (Altstadt), tendo esta última sido considerada Património Mundial pela Unesco, em 1996. Devido à sua bem preservada arquitetura barroca e ao Festung Hohensalzburg (o castelo-fortaleza bem no alto da colina é dos maiores da Europa).
Salzburgo é muito visitada por turistas, que chegam de carro ou de comboio (dos vários países da Europa Central que rodeiam a Áustria) e de avião.
Na época alta o número de visitantes chega a ultrapassar o de locais. Em Salzburgo há, pois, muito para ver e fazer. Para visitar a cidade vai precisar de alojamento (hotel Salzburgo).
Há muitos pontos de interesse na terra natal de Mozart, mas os principais são estes abaixo.
Visitar Salzburgo – “Cidade Velha”
- Arquitetura barroca das muitas igrejas
- Catedral
- Fortaleza (com a vista da foto acima)
- Igreja de S. Francisco
- Cemitério de S. Pedro
- Abadia Nonnberg (Beneditina)
- Palácio Residenz
- Casa onde nasceu Mozart
- Residência de Mozart
- Igreja da universidade
- Túnel Siegmundstor (ou Neutor)
- Getreidegasse (rua com comércio)
- museus, museus, museus
Visitar Salzburgo – Fora da “Cidade Velha”
- Palácio de Mirabell (do outro lado do rio, com os seus grandes jardins repletos de flores)
- Palácio de Leopoldskron (um palácio rococó a alguns quilómetros, em Leopoldskron-Moos)
- Palácio de Hellbrunn (com as suas fontes e jardins)
- Locais de filmagens do filme “Música no Coração”

Visitar Salzburgo – Arredores
- Castelo de Anif
- Palácio Schloss Klessheim (hoje um casino mas, em tempos, usado por Adolf Hitler)
- Berghof (retiro de montanha de Hitler, “O ninho da águia”, em Berchtesgaden)
- Salzkammergut (uma área de lagos)
Saímos da pousada da juventude logo de manhã cedo e passeámos, a pé, o dia inteiro. Primeiro circulámos pelos cuidados jardins do Parque Mirabell, onde os protagonistas de “Música no coração” cantaram “Do-re-mi”.

Foi, também, aqui neste parque que descobrimos o Cartão de Salzburgo. Comprámos o cartão de 48 horas (também há de 24h e de 72h) e pudemos entrar em muitos lugares sem sequer perdermos tempo nas filas.
Este conceito, usado também noutras cidades no mundo inteiro (para além de Salzburgo), é muito útil para turistas porque poupa tempo e dinheiro. Entra-se sem pagar mais nada ou com desconto (até em guias da cidade, espetáculos, aluguer de carros e bicicletas, teleférico até Untersberg,…).
Depois visitámos a casa onde nasceu Mozart e a que viria a ser, mais tarde, a sua residência. De seguida, atravessámos o rio.


Nas ruas de Salzburgo a atmosfera era fantástica. Havia poucos carros a circular, de um lado e do outro do rio, mas algumas bicicletas.
Junto à Casa da Ópera havia músicos a tocar na rua. Alguns estavam mesmo hospedados na mesma pousada da juventude que nós.

Entrámos na Catedral de Salzburgo. Lá em cima do monte, via-se o majestoso castelo Hohensalzburg. Deve ter sido realmente difícil conquistar esta fortaleza.

Usámos o mais antigo funicular da Áustria (1892) para subir ao castelo. A vista desde o topo é maravilhosa e lá dentro pudemos ver o Museu de Marionetas, instrumentos de tortura, bem como documentos e armas da Segunda Guerra Mundial.









Passámos mais de duas horas no Castelo de Salzburgo. Logo a seguir à descida no funicular, visitámos o cemitério de S. Pedro (que mais parece um jardim) e as Catacumbas Cristãs (talhadas na rocha).






No fim do dia, e depois de comermos e darmos uma volta para ver o ambiente ao cair da noite, assistimos a um concerto de música clássica numa das igrejas.
Fazia parte do Festival de Salzburgo, que se realiza todos os anos durante cinco semanas, desde a última semana de julho até ao fim de agosto. Tem espetáculos de teatro, ópera e concertos. Em 2005 tinham começado as comemorações dos 250 anos sobre o nascimento de Mozart.
Após um dia tão cheio só nos restava voltar à pousada e descansar. No dia seguinte iríamos viajar de carro desde Salzburgo até Cesky Krumlov, na República Checa. Visitaríamos ainda o Palácio de Hellbrunn e passaríamos pela região de Salzkammergut.
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