Visitar Monte Carlo e o Mónaco era o plano de viagem para este último dia de road trip na Europa. O principado ficava bem no caminho de volta a Portugal.
Passámos o dia anterior a visitar Veneza e os seus canais. Depois, conduzimos nas auto-estradas italianas por 500 km até Finale Ligure, uma pequena cidade na costa do Mediterrâneo, a poucos quilómetros da fronteira com a França.

Neste dia, íamos precisar de todas as nossas forças para viajar 2.000 km até Évora, Portugal. Saímos da cidade italiana e entrámos imediatamente na auto-estrada das flores (Autostrade dei Fiori) A10/E80. Cerca de 100 km depois, entrámos na França e seguimos pela A8 mais uns 15 km até chegarmos no Principado do Mónaco.
Monte Carlo e o Mónaco
O Mónaco é uma pequena cidade-estado cuja capital é Monaco-Ville. A família Grimaldi governa desde 1297, tendo a soberania sido reconhecida no Tratado Franco-Monegasco de 1861. Apesar de ser independente, a defesa do Mónaco está a cargo da França. Este pequeno país tem a maior força policial do mundo (per capita e por área), com 515 polícias para cerca de 38.000 habitantes.
Neste momento, o Príncipe Alberto II, filho de Rainier III e da actriz americana Grace Kelly, é o governante desde a morte do seu pai, em 2005. O Mónaco é um paraíso fiscal. A grande maioria da sua população, cerca de 84%, consiste em pessoas escandalosamente ricas de países estrangeiros. É o estado soberano mais densamente povoado e o país francófono mais pequeno do mundo (pode atravessá-lo a pé em menos de uma hora).

Uma das mais importantes fontes económicas do Mónaco é o turismo. Todos os anos o seu agradável clima e o famoso Casino de Monte Carlo atraem imensas pessoas a viajar para o Mónaco.
Em 2001, o Porto do Mónaco foi alargado para abrigar barcos de cruzeiros e receber ainda mais turistas.
Apesar de não pertencer à União Europeia, a moeda do Mónaco é a mesma que em França, o Euro. Este país tem ainda o direito de cunhar moedas, com a face reservada às diferentes nações, com motivos monegascos.
O principado também é bastante conhecido mundialmente por alguns eventos desportivos, tais como:
- GP Mónaco F1;
- Rally de Monte Carlo (Monte Carlo Rallye);
- Monte Carlo Masters de ténis.

Muitas pessoas julgam que a capital do Mónaco é Monte Carlo. Contudo, isso não é verdade. Monte Carlo é, sim, uma das áreas administrativas do país, que inclui também os “bairros” de Saint-Michel, Saint-Roman/Tenao e Larvotto.
Entre os locais mais emblemáticos do Mónaco estão os seguintes:
- Ópera de Monte Carlo (ou Salle Garnier);
- Casino de Monte Carlo;
- Jardim de rosas da Princesa Grace;
- Museu Oceanográfico do Mónaco;
- Palácio do Príncipe do Mónaco.

Mapa do Mónaco
Na nossa viagem, nem tínhamos muito tempo para ficar em Monte Carlo, tendo em conta a longa viagem de carro que tínhamos para fazer até Portugal.
Ficámos apenas cerca de duas horas no Mónaco, demos um passeio a pé pelas ruas e tirámos umas fotografias.

Estacionados pelas ruas estavam imensos carros de luxo e desportivos. Deve haver poucos locais no mundo com tantos no mesmo lugar. Bentley, Rolls Royce, Aston Martin, Ferrari, Lamborghini, Mercedes Mclaren, BMW Z8, etc. Um stand automóvel ao ar livre.













Em frente ao Casino de Monte Carlo há um bonito jardim.

Foi neste mesmo jardim que começámos a ver algumas das vacas do Cow Parade. Depois, encontrámo-las noutros lugares também.






Fomos até ao porto e voltámos para o carro para reiniciar o regresso a casa. A partir desta altura só parámos para descansar ou comer e não tirámos mais fotografias.
Seguimos pela estrada junto à costa e atravessámos Nice. Depois entrámos na auto-estrada A8/E80. Passámos perto de Cannes, Toulon, Marselha. A seguir continuámos pela A54/E80 e, mais tarde, pela A9/E15. Passámos perto de Arles, Nîmes, Montpellier, Narbonne e Perpignan.
Finalmente, entrámos em Espanha, onde abastecemos, porque tem combustível mais barato. Desde o Mónaco, fizemos cerca de 530 km.
A partir daqui, conduzimos pela AP7/E15, que entra na A2 junto a Barcelona. Seguimos em direção a Lérida (Lleida em Catalão), onde apanhámos a AP-2/E90 e, mais tarde, a A2. Convém esclarecer que a diferença entre Autopistas e Autovias (AP e A) é que ambas são auto-estradas mas as Autopistas são pagas e as Autovias não, pelo que tentámos optar sempre pelas últimas.
Perto das 4h da manhã, estávamos todos cansadíssimos e ninguém tinha condições de conduzir. Lutámos um pouco contra o sono até Madrid e, logo depois, parámos numa estação de serviço. Pusemos o despertador do telemóvel para duas horas depois mas nenhum de nós o ouviu. Assim, acordámos apenas perto das 9h, lavámos a cara e continuámos o caminho, desta vez pela A5/E90.
Fizemos cerca de 1200 km pelas estradas de Espanha até entrar em Portugal na fronteira do Caia, perto de Badajoz e Elvas. Seguimos pela A6 até Évora (100 km), onde chegámos depois de almoço. Estávamos exaustos mas tínhamos muitas histórias para contar. E muita vontade de entrar noutra aventura semelhante, a conduzir pelas estradas da Europa.
