Estávamos a viajar na República Checa desde o dia anterior. Vindos de Salzburgo, Áustria, tínhamos passado por Hellbrunn e pela região de Salzkammergut. Na República Checa, o percurso tinha terminado em Cesky Krumlov, onde dormimos.
No outro dia de manhã levantámo-nos e fomos levar as malas ao carro, pois a partida de Cesky Krumlov seria lá para meio da tarde. O pequeno-almoço foram umas deliciosas panquecas com um capuccino. Ficámos, mais uma vez, com a sensação de que na República Checa tudo era barato. E com um cuidado extremo na apresentação. Os olhos também comem.
Depois de comermos, percorremos as ruas ladeadas de casas com telhados muito íngremes. São assim por causa da neve que cai no inverno. Não se vêem devido às fachadas decorativas. Vimos também as margens do rio Vlatva e a Praça Principal, onde havia um pequeno mercado. Depois subimos ao castelo e andámos lá por dentro.
O Castelo de Cesky Krumlov é surpreendentemente grande para uma cidade daquela dimensão. Para entrar há que atravessar uma grande ponte levadiça por cima dum profundo fosso escavado na rocha.
Lá dentro podemos ver um grande jardim e a Igreja de S. Vito (edifício gótico, que data do século XV, com frescos do mesmo período). O Teatro Barroco (acabado em 1766), encontra-se completo.
A sua maquinaria de palco, cenário e adereços originais ainda estão lá. Devido à sua antiguidade, apenas se realizam três espetáculos por ano (dois abertos ao público) de uma ópera barroca.









Cesky Krumlov é uma cidade pequena mas com uma mística muito especial. E deve ganhar uma atmosfera ainda mais encantadora no inverno.
Pelas estradas da República Checa até Praga
Por volta da hora de almoço partimos para norte e, a pouco mais de 20km, estacionámos em Ceske Budejovice para almoçar. Comemos umas enormes saladas numa esplanada debaixo das arcadas que circundam a gigantesca praça no centro. Ceske Budejovice é a maior cidade da Boémia do Sul e a sua capital política e comercial.



Retomámos o caminho em direção a noroeste pela estrada 20 e, depois, a 105. Com apenas 10km percorridos fizemos nova paragem.
Desta vez para visitar o Castelo de Hluboka, construído no século XIII e, mais tarde, no século XVI, remodelado à imagem do Castelo de Windsor. Ficou, assim, transformado num Chateau Romântico Neo-Gótico.
Em seu redor podemos admirar um parque inglês. Este é o único castelo do país (para além do de Praga) que pode ser visitado no Inverno.
Já chegámos ao Castelo de Hluboka quase à hora do fecho e, por essa razão, só pudemos fazer uma das visitas ao seu interior. Escolhemos ver os quartos em vez das cozinhas. Lá dentro, como em muitos museus e palácios, não se podia tirar fotografias.







Assim que acabámos a visita fizemo-nos, de novo, à viagem. O objetivo era chegar a Praga o mais cedo possível pois tínhamos ouvido dizer que era bem difícil, nesta altura do ano, encontrar um hotel em Praga.
Seguimos sempre por estradas nacionais ou secundárias na República Checa. No nosso percurso não havia hipótese de escolher auto-estradas. Contudo, fique desde já a saber, para circular nelas é preciso comprar um autocolante (à venda nas fronteiras, em bombas de gasolina e estações de Correios).
Chegada a Praga, capital da República Checa
O caminho não tem nada que enganar: é sempre para norte até chegar a Praga. Assim que entrámos no centro da cidade, já à noite, conseguimos circular nuns 3 ou 4 sentidos proibidos e em vias só para os elétricos! É preciso ter muito cuidado porque, depois de escurecer, tudo fica mais confuso.
Parámos ao pé da Igreja de S. Nicolau e tentámos encontrar um posto de turismo que tínhamos visto no guia da Lonely Planet. Ficava na Praça da Cidade Velha (ou Antiga). Estava já fechado àquela hora mas havia um outro, meio improvisado, num corredor ali perto.
Disseram-nos que seria impossível arranjar sítio para dormir em Praga naquela noite e na seguinte, época alta. Depois de muito procurarem (sempre muitíssimo simpáticos) nuns folhetos e catálogos e fazerem uns quantos telefonemas para hotéis e pensões nos arredores, lá nos indicaram a Pensão da Vera, a pouco menos de 10km do centro.
Custou um pouco a achar mas chegámos lá. A Fräulein Vera é alemã e tinha feito da sua casa uma pensão com quinze quartos. Pagámos cerca de 50€ por quarto duplo, com pequeno almoço. Esta pensão fica bastante longe do centro, especialmente para quem não tem carro.
