Chegámos ao Château de Chillon ou Castelo de Chillon (GPS 46º24’51.03”N 6º55’42.57”E) depois de termos dado a volta pelo lado norte do Lago Genebra, o início da nossa viagem na Suíça. Eram cerca de 3.30h da tarde quando atravessámos a povoação mais perto, Montreux.
Tinha lido sobre o Château de Chillon no guia de viagem da Lonely Planet e fiquei com muito interesse em explorá-lo. Quando chegámos, apesar da sua localização entre a estrada e o imenso lago já merecer uma visita, ficámos um bocado desapontados. Parecia, sem dúvida, um castelo de contos de fadas. Mas era muito pequenino e não aparentava ter muito que ver lá dentro. Mas enganámo-nos.
O Château de Chillon, assente numa ilha rochosa junto à margem, consiste em 100 edifícios independentes que foram gradualmente ligados formando, hoje, um todo. Embora as partes mais antigas do castelo não tenham sido definitivamente datadas, o primeiro registo escrito é dos séculos XI/XII.

A partir de meados do século XII foi habitado pelos Condes de Sabóia. Nunca foi tomado de assalto mas mudou de mãos ao longo dos tempos através de diversos tratados.
Lord Byron, o poeta Britânico considerado uma das mais importantes figuras da época do Romantismo, notabilizou o Château no poema O prisioneiro de Chillon, escrito acerca de François de Bonivard, um monge e político genovês aprisionado no castelo entre 1530 e 1536.
Pagámos os cerca de €8 por pessoa e visitámos o castelo até à hora do fecho, 6h da tarde entre abril e setembro. Vale a pena passear demoradamente e tirar muitas fotografias quer do exterior quer das salas e salões. Nestes últimos, podemos ver as cozinhas, as paredes pintadas, o mobiliário, as armas, as “casas de banho”,…
Fotos do Château de Chillon











Depois do Château de Chillon fechar, continuámos a viagem em direção a sul, Aigle, a apenas uns 15km. Aí, virámos para nordeste e seguimos através de Ormont-dessous, Château d’Oex e Zweisimmen até Interlaken. Estas estradas são todas muito bonitas, com paisagens panorâmicas de montanha com vista para cumes ainda cobertos de neve nos finais de julho e lagos a refletirem todo o verde dos campos e o azul do céu.
Queríamos dormir mas não tínhamos qualquer referência para encontrar hotel em Interlaken e já era de noite. Por pura sorte, encontrámos, em cinco minutos, quando já estava a anoitecer, uma pousada da juventude chamada Backpackers Villa Sonnenhof.
Nesta pousada de Interlaken, que pode ser utilizada por pessoas de todas as idades, descobrimos uma série de folhetos com a localização de outros alojamentos duma rede chamada Swiss Backpackers que nos ajudou bastante no resto dos dias que passámos a viajar. Em cada uma das pousadas em que dormimos a partir desse dia descobríamos mais folhetos com lugares para ficar em cidades por onde planeávamos passar, na Suíça e no resto da Europa. É claro que, hoje em dia, reservo hotéis antes de sair de casa ou mesmo enquanto vou na estrada, no Booking.com.
Nessa noite da viagem na Suíça ainda sairíamos para passear no centro de Interlaken e jantar. De sobremesa, e porque em viagem faço sempre escolhas em termos de gastos (se poupar em algo que não é realmente importante posso viajar mais dias), comprámos uns dez chocolates suíços caríssimos e deliciosos e cada um foi cortado em quatro bocados. Não sou grande apreciador mas soube bem e não se pode viajar na Suíça sem provar os seus chocolates.
