Visitar Lucerne seria a etapa seguinte da viagem na Europa, depois do dia passado a visitar Jungfraujoch. Tinha sido muitíssimo interessante esse dia, cujo fim tinha sido já em Lucerne (ou Lucerna).
Dormimos no Youth Hostel Luzern, onde tínhamos chegado debaixo duma enxurrada. Mas, o mau tempo desapareceu e pudemos passear a pé pelas ruas de Lucerne no dia seguinte.
Lucerne, capital do Cantão com o mesmo nome, é a mais populosa do centro da Suíça, com cerca de 60.000 habitantes. Situa-se nas margens do Lago Lucerne, com vista para os montes Pilatus e Rigi, nos Alpes Suíços.
É tradicionalmente considerada, acima de tudo, uma cidade turística embora possua, também, muitas indústrias: metalúrgica, química, têxtil, madeireira e de aparelhos eléctricos. Para além disso, Lucerne é sede de festivais internacionais de música.
Depois do pequeno-almoço demos uma volta pelas calmas margens do lago.
A seguir andámos pela zona do rio Reuss e, por cima deste, atravessámos o mais famoso monumento de Lucerne: a ponte de madeira (Kapellbrücke). Esta ponte de 204m de comprimento foi originalmente construída em 1333.
Viria a ser parcialmente reconstruída mais tarde quando, em 1993, um fogo alegadamente provocado por um cigarro a destruiu. A meio da ponte encontra-se a Torre da Água, uma fortificação do século XIII.

Dentro da ponte podem-se ver, em painéis triangulares, várias pinturas do século XVII que representam acontecimentos da história de Lucerne.

Também vimos o mercado de vegetais, frutas, queijos e flores junto ao rio.



Toda esta zona ribeirinha de Lucerne é fabulosa, com as suas pontes e com algumas casas de frontarias pintadas.






No fim da manhã viajámos em direção a leste. Na estrada a partir de Lucerne, as vistas incluíam sempre lagos e montanhas.
Passámos ao largo de Küssnacht (ainda na Suíça) e do Liechtenstein. Entrámos na Áustria e seguimos pelas auto-estradas. Primeiro a A14 (Rheintal Autobahn) e, depois, a S16 (Arlberg schnelltrasse). Aqui, logo no início, atravessámos o maior túnel rodoviário da Áustria, com quase 14km.
É um túnel que “nunca mais acaba”, desenhado para 1800 veículos por hora, equipado com 12 ventoinhas, 43 câmaras de vídeo para monitorizar o tráfego e 16 nichos laterais. Monstruoso!
A auto-estrada S16 muda de nome para A12 um pouco antes de Innsbruck, capital da região do Tirol. Quando chegámos ao fim desta última auto-estrada continuámos a conduzir para norte até entrarmos, momentaneamente, na Alemanha, para atalhar caminho.
Fomos comendo pelo caminho porque ainda queríamos chegar com luz ao próximo destino: Salzburgo, cidade de Mozart.
A viagem do dia acabou ao fim da tarde, com cerca de 500km de mais uma etapa cumpridos. Andámos um pouco perdidos perto da cidade de Salzburgo à procura da Pousada da juventude, a YOHO International Youth Hostel Salzburg. Mas acabámos por encontrá-la (GPS 47º48’30.46”N 13º02’50.39”E), perto da estação de comboios.
Mapa Salzburgo
Pagámos €18 cada um para dormir numas águas furtadas com dois beliches e um lavatório. Barata e limpinha. Gostámos muito desta Pousada. Ficava do lado mais sossegado do rio mas era perto do centro da cidade. Não tinha parque de estacionamento mas havia um pago a uns 3 minutos a pé.
Ainda saímos naquela noite para dar um passeio pela cidade. Jantámos num típico restaurante austríaco, deambulámos pelas ruas, vimos as pessoas à saída dos concertos de música clássica, os ovos pintados à mão típicos da região.





Pudemos ter uma ideia geral da arquitetura, bem como fazer um mapa mental de onde voltar para conhecer mais em detalhe.
